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Praça Generoso Marques terá mural em homenagem à Helena Kolody

A praça Generoso Marques deve ganhar em breve um mural em homenagem à poeta paranaense Helena Kolody. O desenho que servirá como guia para a arte, o rosto de um homem usando óculos e touca, já estampa a empena do Edifício Duca Lacerda, de frente para a rua Riachuelo, ao lado da tradicional Casa Edith. Sobre ele, o artista Gardpam vai pintar o rosto da poeta em estilo que lembra uma aquarela realista.
“Comecei a fazer esse desenho, o grid, no sábado (16). É uma marcação, depois vem a arte por cima”, conta Gardpam. Para possibilitar a pintura, o artista tira uma foto do desenho que faz na parede e sobrepõe a imagem com a proposta da arte final. Assim, tem uma orientação para fazer o esboço do que pretende pintar. “Desenhei um personagem e vários pontos de tinta. Vamos dizer que na parte do nariz do personagem vai estar o olho da Helena Kolody. Quando eu estiver lá em cima, perto do nariz, sei que ali devo desenhar o olho”, explica.
A obra vai cobrir uma área equivalente a 17 andares de altura por aproximadamente 15 metros de largura. Kolody será o segundo ícone da cultura paranaense representado por Gardpam. Entre fevereiro e março deste ano, ele retratou o escritor e poeta Paulo Leminski em um mural de 70 metros de altura que fica na empena de um edifício próximo à Estação Tubo Central. À época da produção da obra, o artista revelou que tinha planos de homenagear outros representantes da cultura local com murais – e que já tinha em vista um espaço para pintar o segundo.
No entanto, a terceira arte planejada, retratando Poty Lazzarotto, não deve sair. “Houve um conflito entre os moradores no prédio onde eu ia fazer a arte do Poty. Então, eles acharam melhor não fazer”, explica. Em vez de buscar um novo espaço para o projeto, o artista conta que pretende focar em encontrar locais para nova proposta que pretende apresentar em editais de lei de incentivo à cultura. “Vou trabalhar com temas paranaenses. Tenho um estilo de trabalho que é em preto e branco com elementos como pinheiros, gralhas e outros relacionados ao Paraná”, adianta Gardpam.
Investimento
Assim como no caso do mural de Leminski, Gardpam ainda não tem todos os recursos necessários para realizar a arte de Helena Kolody. Os materiais estão garantidos, mas ainda faltam verbas para pagar a sondagem para os pontos de ancoragem dos andaimes e a locação do próprio equipamento, além de alimentação, transporte, estacionamento e salários para o artista e um ajudante.
“No mural do Leminski, consegui cobrir a maior parte dos custos com ajuda de amigos, pessoas que passavam ali na Rua XV [de Novembro] e três empresas, mas ainda tive que colocar dinheiro do meu próprio bolso. Para esse, vou fazer a vaquinha, mas vou tentar dar ênfase nas empresas, porque sei que o valor que para uma pessoa física é alto pode ser pouca coisa para uma empresa. Só depende de alguém valorizar, acreditar na proposta, gostar de arte”, diz.
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